Susep quer criar condições para que seja possível a contratação de seguros “na palma da mão”

A Susep quer criar condições para que seja possível a contratação de seguros “na palma da mão”, via mobile, por exemplo, em breve. A afirmação foi feita pela superintendente da autarquia, Solange Paiva Vieira, na abertura de workshop realizado pelo órgão regulador, no Rio de Janeiro, para discutir a implementação do sistema de registro das operações no setor de seguros.

Segundo Solange Vieira, o foco da Susep está direcionado para “atualizar tecnologicamente” e dar mais eficiência aos procedimentos do setor, atendendo a uma demanda da sociedade. “Pretendemos aumentar a cobertura do seguro no Brasil, fazer o seguro crescer”, assinalou.

Ela acrescentou que a Susep enxerga alguns caminhos para isso, “com tecnologia, estímulo da concorrência, transparência e estabilidade jurídica”.

Solange Vieira destacou ainda que o tema já está em discussão na Susep há mais de dez anos, o que marca a necessidade de superar o atraso tecnológico vivenciado pelo setor.

A Susep quer iniciar ainda este mês a implementação do modelo que estimula mais transparência, agilidade e eficiência no setor.

No encontro, responsáveis pelo projeto no órgão e representantes das entidades supervisionadas e das registradoras dialogaram sobre os pontos relevantes para o processo de execução da proposta.

A Susep anunciou no evento o plano para que o sistema de registro de operações seja totalmente implementado em dois anos, no máximo.

Em fevereiro, já está sendo viabilizada a adesão voluntária das empresas. A partir de março, a adesão será obrigatória para o seguro garantia.

De acordo com a Susep, o workshop tratou, ainda, do panorama geral do programa. O modelo discutido toma como referência sistemas e normas já adotados no Brasil por instituições como o Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com a atuação de entidades registradoras.

A Susep assegurou que o registro de operações permitirá a modernização sistemática da forma como os dados são enviados para a autarquia. A interface de envio de dados das seguradoras para o órgão será mais eficiente, produzindo informações com mais agilidade, clareza e sem defasagem de tempo, como acontece atualmente.

Segundo o chefe do departamento de Tecnologia da Informação da Susep, Leonardo Brasil, a automatização vai gerar menos custo para as seguradoras – ao contrário do modelo adotado atualmente – e facilitar o processo de monitoramento.

Já o diretor da Susep, Vinicius Brandi, observou que o diálogo adotado ao longo das etapas de implementação do sistema de registro de operações tem considerado não só as sugestões que a autarquia recebeu do mercado, mas também a visão do consumidor. “O processo de regulação é de diálogo permanente e aberto com todos os segmentos. É esta transparência que buscamos incentivar”, frisou.

 

Fonte: CQCS

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