Cenário do mercado de seguros em 2020 é promissor

Em entrevista ao quadro ”conversa com executivos” do Sindseg-SP, o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Antônio Trindade, diz que o cenário para 2020 é promissor. Segundo ele, a combinação de reformas estruturais, novos investimentos, projetos de infraestrutura e concessões projetam para o segmento de seguros gerais um horizonte de cinco anos.

Ele aponta ainda que existe um cenário promissor para o seguro de riscos cibernéticos e o de responsabilidades, principalmente o D&O, que protege executivos e gestores de empresas. “As carteiras de seguro residencial e condomínio também estarão em evidência, assim como o seguro rural e os ligados à infraestrutura”, disse.

Trindade ressaltou que a FenSeg deve priorizar uma agenda com foco nos seguros de grandes riscos, cada vez mais em evidência no Brasil. “Os principais desafios estão ligados à retomada do desenvolvimento econômico e ao seu impacto nas seguintes áreas: investimentos em infraestrutura; agronegócio, recuperação do emprego e aumento da oferta de crédito e das vendas de bens, inclusive veículos”, reforçou.

Em entrevista concedida ao site do Sindiseg-SP, ele afirma que alguns desafios devem continuar na agenda da entidade esse ano. Ele cita o combate à distribuição irregular de seguros por associações, cooperativas e entidades sem autorização para atuar no segmento.

Trindade acredita que entre as realizações da FenSeg estão os avanços importantes nos modelos regulatórios e o incentivo à distribuição de produtos pelo mercado segurador.

O dirigente ressalta que o ano de 2019 foi desafiador e revigorante para os seguros gerais. “O segmento de seguros gerais, formado por 13 grupos e 90 ramos, tem muito a ganhar com a recuperação econômica que se avizinha. Estamos diante de grandes transformações no país”, aposta.

Para ele, as reformas estruturais, aliadas a novos investimentos, projetos de infraestrutura e concessões, formam um quadro animador. Trindade diz que as carteiras de automóvel e transportes  devem ser beneficiadas , assim como os riscos de engenharia e o seguro garantia. “As estatísticas divulgadas pela SUSEP, até setembro, registram um crescimento dos seguros de danos de 5,3%, sem considerar o seguro DPVAT. Esse patamar é muito superior à projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deve ficar abaixo de 1% em 2019”, afirma.

Trindade disse ao Sindiseg-SP que o grande desafio do setor continua sendo o combate à distribuição irregular de seguros por associações, cooperativas e entidades sem autorização para atuar no segmento. “Também é preciso reforçar a importância do seguro garantia, para apoiar obras voltadas ao desenvolvimento do país e dar bom destino ao dinheiro dos impostos. O tema requer mais atenção”, destacou.

Ele lembrou que está na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6.814/2017 (apensado ao PL 1.292/1995), que prevê alterações na Lei de Licitações, com a adoção de seguro garantia obrigatório para obras acima de R$ 100 milhões e ampliação da garantia para até 30% do valor do empreendimento. “A legislação atual já permite, mas não obriga, a contratação de seguros, que podem variar de 5% a 10% do valor da obra. Hoje, a maioria dos seguros é de 5%. No entanto, sucessivas alterações no texto ameaçam desfigurar o projeto”, ressalta.

Ele acrescenta que o mercado de seguros e resseguros propõe um modelo de garantia que, em caso de rescisão do contrato por inadimplência do contratado original, permite a retomada e conclusão da obra por intermédio de nova empresa contratada pela seguradora. No viés da modernização dos seguros, estamos estimulando o desenvolvimento de produtos mais simples e acessíveis ao consumidor, com a utilização da tecnologia atualmente disponível para apoio aos clientes.

 

Fonte: CQCS

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